Blog enio Araldi

18/07/2011 22:57

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A PARTIR DESTA SEMANA, ESTAREMOS DIVULGANDO A HISTORIA DE UM ADICTO (USUARIO DE DROGAS ) QUE FEZ USO DE SUBSTANCIAS POR QUARENTA E TRES ANOS. VALE A PENA ACOMPANHAR ESTA HISTÓRIA, POIS TRARÁ CONHECIMENTO  A VOCE SOBRE ESTE MUNDO. 

DROGAS, UMA CURIOSIDADE QUE MATA

 A Organização Mundial de Saúde (OMS) chama de droga

toda e qualquer substância que, introduzida em um organismo

vivo, pode modificar uma ou mais de suas funções.

A História indica que as ervas entorpecentes são usadas há pelo

menos 6 mil anos. Os sumerianos (atual Irã) usavam a papoula

de ópio para fazer contato com deuses, espíritos e demônios.

Os europeus queimavam maconha dentro das tendas para inalar

vapores. Em 1776, a morfina era usada para garantir alívio

aos soldados que lutavam na guerra civil norte-americana. E,

durante a 2.ª Guerra Mundial os médicos receitavam anfetaminas

para minimizar o cansaço dos combatentes. Por muitos

anos, o cultivo e comércio das drogas foi livre. Só em 1914

houve a proibição, dando início a um mercado negro que,

hoje, movimenta milhões e milhões de dólares pelo mundo.

A maioria dos jovens que usam drogas garante que experimentou

por curiosidade, para saber que tipo de sensações a química

proporcionaria. De acordo com os médicos, porém, na imensa

maioria das vezes, quem experimenta uma droga pela primeira

vez diz que não sentiu absolutamente nada. Algumas pessoas têm

que tentar várias vezes para começar a perceber uma diferença.

Outra razão bastante forte para o jovem procurar as drogas é a

necessidade de um “remédio” para seus problemas, sejam eles

físicos ou emocionais. Muitas vezes, sentimo-nos tão depressivos,

tão tímidos, tão incapazes, que seríamos capazes de buscar

qualquer “remédio” que nos trouxesse alívio – e vamos

direto às bebidas e às drogas. Certo, ambos alteram consideravelmente

nosso estado de humor e espírito, proporcionando sensação

de poder e força física e mental. Só que os efeitos passam

e, aí, teremos três problemas: o mal-estar volta, o arrependimento

bate à nossa porta e a dependência começa a se instalar.

 

De qualquer forma, estamos iniciando a vida adulta, ganhamos

autonomia, queremos desafiar o mundo, ultrapassar barreiras

e entender o que há de tão perigoso nessas substâncias.

Então, antes de buscar essa “auto-medicação”, vamos

matar nossa curiosidade e saber mais sobre algumas delas.

Correr riscos é algo que faz parte do ser humano. As pessoas

gostam de desafiar, de ousar, porque quem ousa, quem arrisca,

sente-se vivo, aprende mais sobre si próprio e sobre os outros,

testa suas habilidades e passa a ter outras que não possuía.

 Além disso, arriscar dá prazer. Muitas vezes,

o que se busca quando se corre algum risco, quando

se desafia algum limite, é o prazer que isso nos dá.

A busca de prazer, o alívio da dor, e a busca de alguma coisa fora do

ser, são razões que levam as pessoas a buscar alívio em um ato tóxico;

Se as drogas não oferecessem nenhum tipo de prazer,

a gente não se preocuparia com o consumo

delas, porque simplesmente ninguém as usaria.

Riscos dos efeitos das drogas

As drogas produzem os seus efeitos por conterem substâncias químicas.

Por isso, elas podem ser estudadas em laboratórios, da mesma maneira

que os medicamentos. Sendo assim, existem algumas variáveis

que podem ser estabelecidas dentro de uma certa margem de precisão.

Porém, elas têm uma maneira própria de atuar em cada organismo,

fazendo com que qualquer tentativa de fazer previsões

acerca dos riscos de cada uma caia no terreno das possibilidades.

Riscos legais:

Todos nós estamos sujeitos às normas da sociedade, sejam

elas formais (legislação), ou do dia-a-dia (regras sociais).

A legislação brasileira, quando se trata de drogas proibidas no

país, é muito severa, porque não pune com prisão somente aquele

que vende. Pune também, aquele que passa a droga, mesmo que

de graça; aquele que usa, ainda que experimentalmente, sem que 9

isso cause dano a ninguém; aquele que cultiva no seu quintal, só

para usar de vez em quando, num local isolado com os amigos.

 

Riscos Sociais:

Vivemos num mundo concreto, convivendo com pessoas

e com o que elas pensam. Podemos gostar ou

não, mas de alguma maneira, temos de submeter a ele.

A pessoa que usa drogas ilegais, esta sujeito a outro tipo de risco,

que é o risco do preconceito, do estigma, de ser rejeitada, de não ter

acesso a uma série de oportunidades na vida, porque a sociedade

encara o uso de drogas como algo condenável, que deve ser punido.

Riscos de Dependência

Quando uma pessoa experimenta ou começa a usar drogas, não

da para saber se terá problemas com ela, se vai ou não se viciar.

O primeiro efeito pode ser o bem estar, mas quando a pessoa

passa a depender do efeito e sente desconforto na ausência

do produto, quando todos os seus esforços são para obter e

manter o vínculo com a droga, quando faz uso para aumentar

seu conforto psicológico, então se instala a “dependência”.

Recuperar os usuários compulsivos não é uma tarefa

fácil. Calcula-se que apenas 30% dos que se tornam

dependentes conseguem se lidar desse quadro.

O que leva à dependência:

A dependência é um fenômeno que tem causas múltiplas.

Entre essas causas, fatores psicológicos

como, infelicidade, insegurança, baixo auto-estima.

Pressão social, violência dentro de casa, pais que se drogam,

negligência com relação aos filhos e disponibilidade e a tolerância

social em relação ao uso de drogas são outras das causas.

Portanto, a droga é um prazer transitório que não resolve problemas,

mas pode agravá-los; não o faz crescer, mas pode torná-lo, num espaço

de tempo impossível de se quantificar, submisso ao produto e ao efeito.

Viagem sem volta - O LIVRO

 

 Estamos no século XXI, ano 2011, tenho 56 anos e percebo

que de alguns anos para cá, muitas mudanças aconteceram no comportamento

do ser humano, que hoje, se esquecemprincipalmente de Deus.

 Lembro ainda, quando minha mãe arrumava, eu e meus

irmãos para ir à escola. Meu pai, muitas vezes ausente, mas nunca

deixando faltar nada em casa. Vivia viajando a negócios e a responsabilidade,

ficava por conta de minha mãe. Lavar roupas, levar até

a escola, cuidar da alimentação e assim cuidar de nossa educação.

 Era uma infância feliz. Muitos amigos e brincadeiras

faziam parte do meu cotidiano. Lembro que passava um rio

perto de minha casa. Chamávamos ele de rio pinico e era frequente

eu e meus irmãos fugirmos de casa para lá nos banhar.

 Era um pequeno rio, mas muito sujo já naquela época. Ao chegarmos

em nossa casa com o calção e o cabelo também molhado, apanhávamos

de minha mãe, pois ao voltar, não dava tempo para nos secar.

 O riozinho era perto, lembro que era fácil escutar nossa

mãe nos chamando. Naquela época, tínhamos que obedecer

imediatamente. O que não acontece nos dias de hoje, quando

as crianças tomaram um pé de igualdade junto aos mais velhos.

Era quatro irmãos. Eu, um irmão com cinco anos a mais e dois

menores com um e dois anos de diferença de mim. Éramos

muito amigos, mas como em toda família numerosa e principalmente

formada apenas por homens, era normal quebrar o pau.

 No ano de 1966, meu pai foi fazer uma viagem a pas-11

seio na Europa, ficando como sempre a cargo da minha

mãe nossa educação. Nesta época meu pai estava construindo

um pequeno prédio com quatro apartamentos, que

seria para nossa moradia. Com um deposito no térreo, que serviria

para os negócios dele, na época, o ramo de transportes.

 Tinha eu 10 ou 11 anos quando nos mudamos do bairro

onde morava, para o centro da cidade. Sei muito bem a

dificuldade que tive para me enturmar, pois era considerado

com apenas mais um do bairro que foi morar no centro.

 Logo que fomos morar naquele apartamento

ganhei uma irmã, que admiro muito por sua personalidade

e franqueza, além de sua honestidade.

 Por sermos todos irmãos homens foi uma novidade a chegada

dela, mas nos acostumamos logo e claro, tivemos que mudar

e muito nossos comportamentos. Afinal agora tínhamos uma irmã.

 Sempre acreditei num poder superior, que para mim é Deus, talvez

por isso ainda esteja aqui para passar a vocês um pouco de minha vida.

 Há pouco tempo, conheci a palavra adicto (compulsivo por alguma

coisa, um doente que não consegue se controlar na sua adicção,

que pode ser por drogas, compras, álcool ou outra coisa qualquer).

 No meu caso minha adicção é por drogas. Mas

o que me leva a ser um adicto? A história começa

muitos anos atrás, quando ainda era uma criança.

 Não era para ser assim. Tive uma boa educação,

estudei, fiz a primeira comunhão, tinha mui-12

tos amigos, brincava bastante, e não tinha o que reclamar.